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2009 | Exposição coletiva “Dois Tempos”

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A AC Galeria de Arte selecionou 05 artistas plásticos: Claudio Tozzi, Gilberto Salvador, Luiz Paulo Baravelli, Marcello Nitsche, Samuel Szpigel para fazer uma pequena confrontação temporal de suas obras em uma exposição, onde poderemos ver produções das décadas de 60 e 70 e atuais. Com duas peças de cada artista, de modo a fazer desta confrontação uma constatação desta vitalidade criativa, que se seguem no passar destes tempos.

Nas décadas de 60 e 70 as artes plásticas brasileiras passavam por uma agitação de propostas e conceitos que juntamente com o contexto político do Brasil e do mundo e com a influência de uma cultura de massa, onde histórias em quadrinho, propagandas, anúncios de cinema, música e tudo o que se referia à contemporaneidade histórica era percebido nas obras destes artistas, que até hoje são ativos em nosso panorama cultural.

 

Queridos,

Antes de mais nada, quero muito agradecer a presença de vocês na abertura da exposição “Dois Tempos”. Sem vocês a festa não teria sido nada, por isso, muito obrigada!

Montar esta exposição foi um grande prazer! Adoro estes artistas e estou muito feliz em poder apresentar obras tão expressivas. Obras antigas, de quando eles estavam iniciando suas carreiras, nas décadas 1960 e 1970, e suas mais recentes produções, de 2008 e 2009.

São artistas que se inovaram ao longo dos tempos e cada um deles tem uma importância bárbara em nossa produção cultural. Nós brasileiros temos mesmo que nos orgulhar, afinal, eles nos provocam visualmente e intelectualmente!!

Quando fui ao atelier do Claudio Tozzi para conversamos sobre “Dois Tempos”, ele me mostrou que ainda tinha o “Astronauta”, criado numa fase tão apreciada, inovadora e pop. Não tive como não pedir a ele que esta obra fosse apresentada a vocês!

E, contrapondo a ela, a obra amarela, com geometria “mais concretista” e quase monocromática. Nova proposta e novos projetos estão em processo.

Agradeço ao Claudio pela confiança e amizade e por ter aceitado expor pela primeira vez na AC Galeria, mesmo estando em Nova Iorque!

Baravelli surge com peças antigas de Salão, e duas surpresas (que não estão no folder), mostrando a semente do estudo da arquitetura que viria se estabelecer em sua produção. Ele foi procurar no acervo trabalhos que pudessem expressar seu percurso artístico para apresentá-los junto à sua obra mais nova, que desde o atelier já tinha espaço garantido sobre a escada da Galeria. Depois de setembro de 2008, com as “Mulheres Verticais” – exposição que tive o privilégio de apresentar a vocês, e que ele fez especialmente para a AC Galeria – acabamos ficando mais próximos!

Agradeço Baravelli pela confiança e amizade!

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De Gilberto Salvador, “Cuidado com o tiro”, uma obra que esteve em Salão na época e que demonstra de maneira magnífica o pop art. Não foi à toa que ganhou medalha de ouro no Salão de Arte Contemporânea de Campinas!

Em justaposição, uma obra tecnológica. A estrutura de madeira, coberta com malha, fibra de vidro e resina gofratto, com uma caixa de acrílico e bolinhas de pingue-pongue feitas especialmente em preto, fazem desta obra uma peça tão orgânica, moderna e bacana. Na fotografia pode perder um pouco de sua grandeza, portanto quem não viu com calma, terá de voltar para apreciá-la!

Obrigada Gilberto, que pela primeira vez expõe no meu espaço, obrigado. Adorei!

Que prazer poder mostrar a vocês duas obras do Marcello Nitsche que participaram da Bienal de 1967, acho que conseguimos nesta pequena “instalação” aproximar-nos daquele tempo Além da “Pincelada”, sua mais nova obra, que ele passou a noite pintando para eu poder exibir para vocês.

Agradeço Marcello por me dar mais esta chance de mostrar seu trabalho!

Samuel Szpigel trouxe uma obra de 1973 que originou todo um pensamento dos movimentos do balé, projeto ainda não terminado do “VINTEUMMOVIMENTOS”. Ele também apresenta obras atuais, recém saídas do atelier, além de uma surpresa, pendurada na galeria no dia da abertura.

Samuel adorei ter um pouco mais de tempo para nos conhecermos, você trabalhando e me trazendo obras tão “frescas”. Obrigada!

Eles são o meu prazer de trabalhar com arte, a vida deles, cada um com a sua historia e com produção tão especial.

Não posso deixar de registrar e agradecer às pessoas que fizeram parte desta minha pequena história e estão comigo nesta mostra. Meus pais, pela confiança neste espaço; Fernando e Rose, presentes no meu dia a dia; Paula Vivo, minha sombra, que me provoca todo dia para propor a vocês coisas novas; Cecilia Piacentini, que fez o folder ser elogiadíssimo; Claudio Wakahara, pelas fotos precisas das obras; Sofia Carvalhosa e Renata Martins, pela batalha de mostrar ao mundo todo nosso esforço; Juan Guerra, que registrou a festa de maneira tão carinhosa e profissional.

Quero mais uma vez agradecer a vocês pela presença e pela credibilidade, que fazem este espaço existir desde 1991.

Muito obrigada!

Ana Cláudia Roso

 

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