2011 | Exposição “Mapas Imaginários – Terra Incógnita”, Coca Rodriguez Coelho

A AC Galeria inaugura em seu espaço expositivo no dia 26 de maio, às 19:30 horas, a mostra Coca Rodriguez Coelho – Mapas Imaginários (Terra Incógnita).

Organizada pela marchand, a mostra traz a público reunindo 26 obras em grafite sobre tela encerada, 4 objetos, arame e silicone em caixa de acrílico e na vitrine uma instalação com desenhos impressos em acetato.

Esta série realizada como Mapas, foi desenvolvida a partir de um projeto de viagem, feito em etapas (com seu marido, o idealizador dos percursos) durante 10 anos, pela América do Sul, percorrendo as estradas de rodagem, e na maioria de terra, enfrentando dificuldades em ambientes hostis, mas registrando um horizonte novo a cada dia. A artista analisa neste conjunto, como o artista, o geógrafo, o cientista, o poeta e o viajante, se unem.

Mapas Imaginários – Terra Incógnita

Nesta exposição, a artista reúne desenhos a grafite sobre tela, objetos, fotos e instalação, sobre as viagens por estradas de rodagem pela a América do Sul, que fez por 10 anos. É uma análise de como o artista, o geógrafo, o cientista e o poeta se unem.

“Quando viajo (por estradas) na natureza, vou sendo seduzida e envolvida por ela, tornando-me não observadora, mas participante, (puro sentimento do sublime). Questiono o Universo, a sua origem, os caminhos, as montanhas, os rios e os mares.

 

Como resposta, faço Mapas Imaginários. São a soma dos diários de viagem, de traçados imaginários, de rumos cheios de emoção, com labirintos quase que de um destino, entre caminhos achados e perdidos, vividos naquele instante. Neste processo analiso os seres vivos (peixes estranhos, animais nem sempre vistos, plantas diferentes), ao me ver como um viajante na América, explorando a chamada Terra Incógnita.”

– Coca Rodriguez Coelho, São Paulo, maio de 2011

As imagens e o diário me transportaram para uma Geografia mágica, liberta de duras posturas cartesianas. Como geógrafa me reconheço nessa magia que busca outros conceitos e outros limites, pois para mim “o espaço vai até onde o pensamento alcança” , como disse Ratzel, tão incompreendido. A artista sempre consciente da poética pode “ver além de onde a vista alcança”.

Ao me fixar nas formas criadas nesse encantamento, vi as escarpas dos planaltos e a riqueza das águas com as vidas que carregam. Revi essa região misteriosa e tão querida de meus trabalhos acadêmicos, refazendo ao ver seu trabalho com seus traços suaves, mapas e caminhos. Geógrafa e artista se encontram neles…

– Regina Toledo Sader, doutora em Geografia Humana pela USP, tendo sido professora assistente visitante da Universidade de Caen, na França.